terça-feira, 4 de novembro de 2008

Desastres naturais, naturalmente.



Imagina se logo eu, ia passar desapercebida pelo departamento "desastres naturais" celeste. Lógico que não. Felizmente, São Pedro fica feliz apenas com uma santa palhaçadinha, uma pegadinha abençoada, uma traquinagem na vida da Celise desafortunada e bestona de sempre.
Isso é o que eu achava até ontem.
Um tempo atrás, eu tava em casa... não, melhor: eu tava no supermercado. E ir no supermercado com a mãe é tarefa ingrata. Porque não é você que está fazendo as compras, ela te leva com o pretexto da companhia, mas na verdade o que ela quer mesmo é alguém pra carregar as sacolas e pra botar a culpa por ter esquecido alguma coisa.
Mas eu tinha acabado de chegar de uma via-sacra horti-fruti-granjeira, a chuvasca que tava caindo já tinha passado, e eu achei mais do que justo checar meu e-mail. Liguei o Lentiun de casa (porém queridiun, amadiun e principalmente UNICUN) e ouvi um estrondo. Tinha caído um raio. Não, não era um raio perto de casa. Caiu EM CASA mesmo. E eu tava sentada em uma cadeira com pernas de metal, descalça, em contato direto com o Lentiun maquiavélico.
TOMEI UM CHOQUE, RAPAIZ.
Meu cabelo ficou no melhor estilo: "Mamãe, me chama de Einstein!"
Depois disso, desastres naturais praticamente saíram da zona de risco manteigoso.

Ontem eu tinha escrito no twitter: "Surpreendentemente, I feel good in this monday morning!".
Oh boquinha de cigana praguenta de porta de banco! Dois minutos depois, a internet caiu. Foi o primeiro sinal do apocalipse. Depois uma barulhêra, coisa caindo, vidro quebrando.
Minha nossa senhora do alicerce! O prédio tá caindo, Osama tá jogando um ultra-leve no meu escritório!
Quando eu dei uma espiadela pela janela, uma árvore gigantesca, em um dia ensolarado, sem maiores interferências climáticas, e por vontade própria ( Oh Mizinfí, Beuzebú, ôÔôchhaaa!) caiu. E como a rede elétrica, a rede de internet, telêfonica, rede de peixe, rede de dormir passavam no meio da árvore, foi tudo pra baixo. Em cima de um carro. Exatamente onde eu estaciono o ENIGMA todo santo dia.
Meu coração deu uma encostadinha na campainha da garganta. Saí correndo, peguei a câmera ( oh espírito fofoqueiro maldito) e fui lá ver. Não era o Enigma (ufa!) (?). O enigma mesmo, ficou por conta da queda misteriosa (ôoochaaa).
E do Reginaldo, que se nunca ganhou na loteria, ontem era pra ser o dia.

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