sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Gato - Episódio Final. Ou quase.

O gato tinha nome: Chin.
Chin aqui, Chin alí.
Eu preferia chamá-lo de Chinfrim. Era um tormento ter um gato dormindo na garagem. Eu tinha pesadelos todas as noites com gatos sendo esmagados pelas grandes rodas destruidoras do meu impiedoso carro. Ou carne moída de gato quentinha fabricada no motor. Partes fofinhas de gatinho espalhadas pela garagem.
- Mãe... põe esse gato no corredor de fora da casa, pelo menos.
- Não, seu pai não deixa.
- Mas mãe, ele vai pra rua, algum carro vai acabar fazendo o que eu estou tentando não fazer todas as manhãs.
- É bom que ele fique aí na frente, quem sabe alguém passa e leva ele.
Ah, Dona Mãe... me engana que eu like. A senhora fica aí, dando uma de João Batista dos gatos, dá nominho, comidinhas e carinhos escondidos, e depois vem com essa historinha furada de que quer que alguém leve embora?! Mas nem pinóquio e sua cara de madeira, mentiria com tanta falta de convicção. Não demorou muito para colocarmos em prática a teoria do desapegamento do gato, depois do batizado.

- Fia, acho que levaram o gato embora, não vi ele mais.
- Ah é, mãe?
- É, tudo bem.

( 5 minutos depois)
- Chin? Chin? É... devem ter levado ele embora.
- É, deve ter sido mãe.

(10 minutos depois)
- CHIN? CHINNN? Acho que ele foi embora.
- Não era pra ser assim, mãe?

(30 minutos depois)
- São Longuinho, São Longuinho se ele voltar dou 10 pulinho!
- Que, mãe? Que você tá cochichando?
- Ehr, que, eu? Nada... não falei nada...

(32 minutos depois)
- Tá bom, 20 pulinhos!

(33 minutos depois)
-Eu passo minha vida pulando... (snif) Meu gato... Eu queria ele pra mim. Buahhh!
- Mas mãe, se você queria o gato, porque é que você não trouxe ele pra dentro?
- Ah, fica quieta, snif.

Umas duas horas depois, uma amiga foi em casa, e a besta folgada do gato saiu de dentro do motor do carro quando ouviu uma voz estranha.
Não preciso nem falar que a minha mãe gastou a cabeça do gato de tanto abraçar e beijar. Até hoje ele não é muito certo da cachola, faz umas coisas sobrenaturais, como quase se enforcar na sacolinha de supermercado. Tudo bem que ele não seja um gato normal, nós também não somos... nem de longe.


Pequeno Chin e o trampolim da coleta seletiva.

Estou confortável, me deixe dormir ao lado desta fruta mutante.

Por favor, apague a luz. Também tenho pupilas.

Manter a sacola longe do alcance de crianças.
*ERRATA: Manter a sacola longe do alcance de crianças E do Chin.

5 comentários:

  1. O Chin é lindo!!! Ainda bem que acabou ficando... :)

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  2. Chin! Também quero um gato pra mim! :D

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  3. Ahhh que Chinfrim mais lindo.

    Cuida dele hein sua maluka ... Vai dar veneninhos pra ele rsrs ;)

    Um beijo C

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  4. Ele é contratado do Pague Menos, pra fazer arte com as sacolinhas e vc tirar foto pra postar aqui. CERTEZA!
    É, propaganda indireta não é crime.
    kakaka

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