Mãe: Twitter é bacana e Ets existem.

Devo alertar você, que se deu ao trabalho de entrar neste humilde blog amanteigado, que apesar de não ser detentora de poderes psíquicos, sei que você se encaixará em um dos dois únicos perfis de leitor deste post específico: o ofendido ou o ofensor.
Se você é um indivíduo que tem perfil cadastrado no Twitter, não faz parte da estatísca dos abandonadores da causa, e não é dono de um perfil escroto espalhando suas escrotices, vai se identificar com essa situação:
- O que é esse negócio de Twitter? É coisa de quem não tem o que fazer! É coisa de quem não trabalha.
Pausa para o momento RAGE.
- FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Explicar o que é uma rede social, que o Twitter é uma delas, e o potencial das redes sociais como mídia e ferramenta de informação, pra um cidadão comum, leigo, consumidor e que acha que internet é e-mail e orkut... Colega, é tarefa digna de Ethan Hunt com John McClane num especial "É uma missão impossível dura de matar".

As vezes tenho a sensação que dizer pra pessoa que acha que Twitter é coisa de quem não trabalha, que Twitter é uma coisa pra lá de bacanuda, é dizer: Humanos, ets existem, são uma raça superior, vão dominar o planeta Terra e não há Homem de Preto capaz de nos salvar. É uma informação tão complexa que o coitado não absorve, simplesmente ignora. E segue a vida preferindo acreditar que a coisa toda não existe, e que tem um bando de desocupado louco estudando a respeito.

Tá tudo tão bão assim, né memo? Eu vejo meus power-point no e-mail do bol, tenho um perfil no orkut onde eu posso atualizar as foteeenha da minha gateeenha. Tuí o quê? Sei lá o que é isso, seu moço. Se puder botar minhas foteenha da gateenha, acho que eu vou se cadastrar.

Numa época não tão distante (ah vá... uns 4 meses atrás), nem os caras mais relevantes do Twitter conseguiam definir direito o que o Twitter era. Haja visto que o próprio Tas pediu durante a entrevista para a revista Época, definições dessa ferramenta, que até então, para muita gente não era nada, e era tanta coisa. -É um mural de recados , - É uma ferramenta para compartilhamento de informações, - É um chat
Pausa para o momento RAGE.
- FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Aposto 2 paçocas-rolha e uma bala chita, que quando o Twitter não passava de um projeto rascunhado em meia folha de sulfite, o camarada não tinha idéia que ele seria um etzinho tão versátil. A verdade é que o Twitter é o que você quer que ele seja. É mais ou menos aquele esquema do Tamagotchi. Se você der só alface pro bichinho, ele vai crescer e ser um Brontossauro. Se você encher o animalzinho de coxa de frango, tcharã: nasceu um Tiranossauro Rex. Se você encher o bicho de porcaria, não fizer uma atividade interessante com ele, você manda o coitado pra cova em dois tempos.

Se você quer utiliza-o como ferramenta de informação, como chat, como mídia, como trabalho... fique a vontade, é incrível como tudo veste bem. Contanto que esteja confortável com a função que você está desempenhando na Twittosfera, porque independentemente da roupagem que você escolher, alguém não vai estar, afinal, são mais de 7 milhões de usuários.

É aí que eu fico pensando, uma bobagem como o Twitter, que é o assunto pra mais de metro na web, motivo de tópicos infindáveis de discussão, nova ocupação para os analistas de mídias sociais (Oh! Quer dizer que existe um cargo específico de trabalho só pra pessoa estudar esse tar de Tuíter?), que aproxima anônimos de formadores de opinião, e às vezes coloca formadores de opinião no mesmo patamar de anônimos...

é coisa de quem não tem o que fazer. É coisa de quem não trabalha.

Quero muito encontrar essas pessoas quando o jornal entregue em casa de hoje, só publicar notícias de ontem.